"A verdadeira arte está no som da adoração".(Jamicielle) Que as bençãos de Deus sejam derramadas sobre ti... ^.^

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cacofonia


“É qualquer sequência silábica intervocabular que provoque som desagradável. Ex.: ela tinha,  nosso hino,  por cada limão, uma mala,  boca dela etc.

A cacofonia compreende:

a) o cacófato ( é o som obsceno), Ex.: Hilca ganhou;  ele marca gol; mande-me já isso;  escapei de uma boa hoje.

b) o eco (é a repetição desagradável se terminações iguais), Ex.: Vicente já não sente dores de dente tão frequentemente como antigamente, quando estava no oriente, na casa de um parente doente.

O eco na prosa é um defeito, mas na poesia é o fundamento da rima. Ainda na prosa, quando usado com parcimônia, torna-se uma virtude. Veja-se o caso dos provérbios, em que se procura até forcejá-los: Muito riso, pouco siso; Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Nesse caso o eco recebe o nome de  homeoteleuto.

c) o pararequema (é a aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes). Ex.: cone negro, vaca cara, pouco caso, vista terrível, uma mala etc.
Recebe o nome de colisão se os sons aproximados forem sibilantes (sê-sê). Ex.: Levante-se cedo, porque o lance será importante!

d) o hiato (é a aproximação de vogais idênticas, geralmente a). Ex.: traga a água, há aula aos sábados.

Quem escreve deve estar atento. Mas, que isso não se torne  um entrave  em seu processo criativo. Como diz Luiz Antônio Sacconi:  “Muitas vezes não é possível fugir a certas cacofonias. Por isso, a ânsia de encontrá-las caracteriza pecado maior que elas próprias”.

Fonte:  SACCONI. Luiz Antônio, Nossa Gramática, Teoria e Prática, Atual Editora, 25ª edição, 1999.

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