Entre os principais instrumentos de sopro, a clarineta, ou clarinete, foi o último a ser incorporado à orquestra. A clarineta foi inventada por volta de 1690 por Johann Denner, um construtor de instrumentos, de Nuremberg, ao aperfeiçoar um instrumento conhecido como chalumeau. Ele deu o nome de clarineta ao novo instrumento devido a suas notas agudas parecerem similares em brilho às do trumpete agudo, cujo nome em italiano era clarino. Entretanto, foi necessário que se passasse um século até a clarineta consolidar seu lugar na orquestra.
As clarinetas eram originalmente construídas em três tamanhos: afinadas em dó, em si bemol e em lá. (A clarineta em dó tornou-se por fim obsoleta devido à superioridade do som das outras duas.) Para maior conveniência do instrumentista, as partes eram escritas de maneira a não haver mudança de dedilhado, qualquer que fosse a clarineta que se estivesse usando. Mas isso significa que as notas da clarineta em dó soavam exatamente como estavam escritas, enquanto as notas para as clarinetas em si bemol e lá tinham de ser escritas mais agudas para soarem na altura real. Esses são exemplos de instrumentos transpositores.
O instrumentista usa a clarineta indicada e dedilha as notas escritas. De acordo com o tipo da clarineta e a transposição, as notas produzidas estarão na tonalidade e altura corretas combinando perfeitamente com os outros instrumentos que estão tocando.
De todos os instrumentos de sopro, a clarineta possui a maior extensão de notas. O timbre da clarineta, menos nasalado e rascante que o do oboé, varia de acordo com o registro. As notas graves abaixo do dó médio são chamadas de registro chalumeau. Essas notas são ricas, com pouco corpo de som, mas aveludadas. As notas do registro médio são mais brilhantes e o brilho aumenta à proporção que se sobe para o registro agudo, onde os sons chegam a ser penetrantes e estridentes.
O clarinetista tem grande controle sobre a expressão e a dinâmica, podendo tocar súbitos crescendos e diminuendos com facilidade. A clarineta é igualmente capaz de tocar melodias suaves e expressivas ou rápidas e rítmicas. Ela pode ser extremamente ágil, tocando grandes saltos intervalares com pouca dificuldade. Arpejos rápidos e borbulhantes são particularmente efetivos.
FONTE: O Clarinete
Mais Informações sobre o instrumento, acesse: Breve História do Clarinete
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