"A verdadeira arte está no som da adoração".(Jamicielle) Que as bençãos de Deus sejam derramadas sobre ti... ^.^

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

O BANHEIRO NO FINAL DO CORREDOR



É sexta-feira treze, quando Antônio e sua mulher Juliana chegam à Lordelo, uma cidade com nove mil novecentos e vinte e nove habitantes, situada no Norte de Portugal. Eles haviam se mudado porque na cidade grande o trabalho de Antônio não era muito reconhecido, ele: empresário numa empresa de publicidade; ela: professora de filosofia.
Chegam à mansão que compraram e no momento que a vê sentem um pouco de medo, mas ao entrarem mudam seus conceitos, então começam a conhecer os cômodos do térreo muito animado; Juliana resolve ir ao andar superior conhecer, enquanto Antônio descarrega as bagagens do carro. Ela super-animada abre todas as portas que encontra pela frente admirando cada detalhe nas paredes, pois aquele local já fora de escultores barrocos, mas o que a prende a atenção é o banheiro que tem no final do corredor, seria muito estranho uma mulher achar o banheiro a parte mais interessante da casa, mas foi o que aconteceu.
Juliana entra no banheiro, admira a forma que ele foi feito e sai, simplesmente sai e o pior acontece; Antônio depois de descarregar todas as bagagens resolve ir lá em cima conversar com ela e lhe perguntar o que acha do local, mas para sua surpresa e tristeza ele depara-se com sua mulher caída no corredor morta, o choque é tão grande que não sabe o que faz, então liga para os médicos e eles chegam rápido, a examinam e não descobrem a causa da morte dela, Antônio chama os peritos e nem eles descobrem; nesse vai e vem passa-se uma semana e Juliana é enterrada. Antônio não consegue mais ficar em casa se lamentando pela morte da esposa, então resolve ir trabalhar; até que o trabalho está fazendo bem a ele, seus olhos já não estão tão inchados como antes. Lá ele conhece Brígida, uma colega de trabalho que passa a ser sua melhor amiga; a amizade deles fica tão íntima que vêem que algo diferente acontece quando estão juntos e passados dois anos da morte de Juliana eles resolvem namorar.
Certo dia Brígida vai à casa de Antônio lhe fazer uma visita surpresa e ao chegar lá fica assustada com a aparência de fora da casa e pensa em voltar, mas continua; chega à porta e bate várias vezes até que Antônio escuta atende e fica surpreso pela visita inesperada, então ela entra e juntos fazem o jantar. As horas foram passando, os dois no sofá conversam e ela admira a beleza interior da casa, o detalhe lhe chama atenção e ele conta a história da mansão; Brígida pergunta onde fica o banheiro, Antônio fica um pouco pensativo quanto a esta pergunta, então ele diz que é dentro do primeiro quarto à direita, no qual seria um quarto de visitas e ainda lhe repreende que não vá ao banheiro no final do corredor, ela curiosa pergunta o porquê, ele simplesmente diz que está em obras.
Brígida percebe que ele está mentindo, mas não retruca e vai ao banheiro indicado; sua curiosidade é tanta que vai ao final do corredor, entra no banheiro e fica admirada com aquela beleza, nunca tinha visto igual, ao sair, tudo muda. Antônio percebe a demora e vai atrás, ao chegar lá ela está caída no chão morta da mesma forma que Juliana tinha morrido, então ele chama os médicos, peritos e eles não descobrem a causa; a depressão toma conta dele, as duas únicas mulheres que tinha e amava morreram sem explicação, então passados três anos ele decide investigar sozinho os casos, apesar de nunca de ter entrado naquele banheiro, ele decide entrar e arriscar sua vida para descobrir.
Já no corredor ele faz uma oração antes de entrar, termina a oração e abre a porta, ao abri-la surpreende-se com o que vê, que só a mente da mulher para entender aquilo e chegar a morrer.   

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